sábado, 16 de janeiro de 2010

Toda relação é de interesse!

Ela entra no elevador, linda, cabelos delicadamente arranjados para trás, um vestido floral de seda estampada esvoaçante, lindos sapatos de salto, um perfume suave e fresco, e diz:

- Bom dia!

O antipático do homem, que mexia em seu celular, nem a notou.

E o que essa pequena cena tem a ver com o título? Ela prova que nem quando damos “Bom dia” no elevador, nos relacionamos sem esperar nada em troca.

Acho que a moça do vestido lindo tem direito de pensar “Que absurdo! Nem pra responder?”, enquanto o moço do celular pode estar em uma das muitas situações a seguir: pode ser tímido demais para responder, pode estar cansado de falar e interagir com outros seres humanos, pode odiar mulheres, pode ser surdo... toda história sempre tem dois lados. Mas meu interesse nem é esse. É o seguinte: quem disse que o tipo de interesse que você prioriza nos seus relacionamentos é o “certo”?

Quando eu telefono para uma amiga que é boa de dar conselhos, eu sou vil? Cruel? Aproveitadora?

E por que uma moça que acha que dinheiro é tudo na vida e que a única forma de ela conseguir é se casando com um velho rico, porque ela não é inteligente, nem empreendedora, nem estudiosa, mas é gostosa e sua melhor chance de ter uma vida confortável seria essa... por que ela é “aproveitadora”?

E o velho, que só tem mesmo dinheiro pra oferecer, mas adoraria desfilar com uma “boazuda” do lado.... ele não está se aproveitando também?

Na nossa sociedade, ter interesses claros ou declarados ou facilmente identificáveis (como no caso da bonitona com o velho) nos atribui adjetivos que muito provavelmente não buscaríamos para nós mesmos, tais como “usurpadora”, “cara-de-pau”, “interesseira”, “maléfica”, “prostituta”, “mercenária”, “pilantra”, “malandra”...

Mas ninguém se lembra de quem casa porque o outro é lindo, delicioso, cheiroso, bom de cama, bom companheiro.... quem, como eu, se casa com o amigo, parceirão (além de todas as outras coisas... rs). Eu não sou interesseira não?

E ele, que se casou com a mulher que conquistou, que foi buscar, que batalhou, porque a escolheu? Ele não é interesseiro não?

Não que eu queira ser chamada de nenhuma daquelas coisas ofensivas ali em cima... mas quero que todo mundo saiba que EU TENHO SIM, INTERESSE EM TODOS OS MEUS RELACIONAMENTOS.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aqui vamos nós!




Olá, queridos amigos, visitantes, pessoas que ainda nem conhecemos e todo o resto de espécimes humanos. SIM, VOCÊS NOS INTERESSAM!!! Estamos aqui, nos apresentando e orgulhosamente concretizando uma idéia que há muito nos incomoda: escrevermos juntos sobre relacionamentos amorosos, aproveitando nossas experiências e nossos conhecimentos científicos, uma vez que o tema, acreditamos, interessa a absolutamente todo mundo, mesmo àquelas pessoas que não querem se relacionar e passam o tempo todo tendo que se justificar diante das demandas e pressões sociais.

Nós somos: Renata Escarlate (primeiro as damas – rs) e Bruno Daesse, e somos casados.

Nosso objetivo, nesse blog, é “discutir a relação”. Queremos trocar com vocês os temas que envolvem casamento, namoro, paquera, vida familiar e tudo o que perpassa a emocionalidade do “entre”, ou seja, tudo o que diz respeito às relações interpessoais e que relações atravessam nossa forma de agir, pensar e sentir nossos amores e desamores; sempre procurando tratar de questões tão delicadas com humor e informação.

Estamos aqui disponíveis para os questionamentos, debates e “DRs” que vierem.

RENATA - Resolvemos que nosso primeiro post seria intitulado “Nossa Cama de Binóculos” porque o escopo estará virado primeiramente em nossa própria direção. Estamos dando nossa cara a tapa, quando falamos do tema que mais nos toca, uma vez que nossas opiniões, escolhas de temas, curiosidades e debates passam TODOS, primeiro por nossa própria emocionalidade, não é verdade?

BRUNO - Acreditamos, sem presunções, que nosso relacionamento pode servir não como exemplo, mas como amostragem de que é possível ser feliz, e muito, mesmo quando as diferenças são gritantes e esse blog é a expressão mais cara disso: minha formação científica, à primeira vista, pode até estar distante da Renata, e é justamente por isso que nos enfiamos nessa empreitada. Queremos unir duas áreas de conhecimento que são fundamentais para explicar muita coisa do comportamento humano. Vou levar sempre o ponto de vista mais chato para boa parte das pessoas: aquele que trata de como o homem chegou até aqui, para entender que a raça humana evoluiu sim, mas não foi da noite para o dia.

RENATA – Além do ponto de vista masculino, né, amor?

BRUNO – Boa!

Que essa parceria possa ajudar a todos – vocês e nós!

Muitos beijos e sejam todos muito bem-vindos.

Renata e Bruno Daesse

Nosso e-mail para contato é casaldaesse@yahoo.com.br